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quinta-feira, 14 de janeiro de 2016

ECONOMIA - Síndrome da mancha branca pode dizimar produção de camarão no RN

Os criadores de camarão de Mossoró começam o ano de 2016 preocupados com o futuro das criações em Mossoró. Tudo em decorrência da síndrome da "mancha branca", causada por um vírus que ataca o sistema imunológico do crustáceo, levando-o à morte. A praga fez com que alguns produtores perdessem até 80% da produção no ano passado. Caso não se encontre uma solução para conter a "mancha branca", a praga poderá dizimar a produção de camarão no estado.

“Esse vírus da mancha branca sempre esteve presente nas criações da região, mas nos últimos tempos ele criou força e atingiu os viveiros com mais intensidade. Eu perdi 50% da minha produção no ano passado, mas alguns produtores de menor porte chegaram a perder 80% dos camarões, um prejuízo enorme”, conta o carcinicultor Lyon Luciano de Paiva. Além da perda de camarões, Lyon de Paiva explica que os produtores têm enfrentado ainda problemas com a venda da mercadoria, pois muitos compradores têm baixado o preço de compra dos crustáceos em razão da praga. Este quadro gera ainda mais prejuízos aos produtores, que começam a falar em demissões ou mudança no ramo de atuação.

“No ano passado tive um prejuízo por volta de R$ 50 mil e por isso temos perspectivas de demissões este ano. Por causa da praga da "mancha branca", alguns produtores vão migrar para a criação de peixe nos tanques, talvez alguns já nem produzam mais camarão. Aí, quando o mercado estiver sem o produto, talvez o preço melhore”, declara Lyon de Paiva. A síndrome da "mancha branca" tem esse nome porque deixa a carapaça dos camarões com manchas esbranquiçadas arredondadas. Embora mortal para os crustáceos, a doença não representa risco para os seres humanos, mesmo que a pessoa se alimente de crustáceos infectados. 
omossoroense.com.br

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