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quarta-feira, 17 de julho de 2013

NATAL - "Ninguém mais briga de mão", diz menor que matou adolescente a facadas

A menina de 12 anos que confessou ter matado a adolescente Raíssa Pinheiro Andrade, de 16 anos, disse que levou a faca ao arraiá onde ocorreu o crime para se defender de outra garota que estaria na festa. A declaração foi divulgada em entrevista da jovem à TV Tropical, veiculada na tarde desta quarta-feira (17). Na entrevista, a menina também deu a versão sobre como teria ocorrido o crime e negou que fizesse parte de torcida organizada do América.

De acordo com a jovem, ela teria comprado a faca em um mercadinho na avenida Boa Sorte, no vale Dourado, zona Norte de Natal. Já com a arma, ela foi ao arraiá na sexta-feira (12), acompanhada por duas amigas e teria encontrado Raíssa Andrade, que era conhecida como "Bruxinha". A menina de 12 anos disse que "só conhecia Raíssa de vista", porque ambas moravam no Vale Dourado. O primeiro contato entre ambas teria sido no arraiá.

Ao chegar ao arraiá, a adolescente de 12 anos disse que Raíssa Andrade teria "soltado piadinhas" em referência a ela. "Ela disse que se alguém tivesse com alguma peça do América ela iria tomar", relatou. De acordo com a adolescente infratora, Raíssa teria feito provocações até iniciar uma briga.
"Ela deu um tapa no meu ombro e a gente começou a brigar. Ela deu um chute na minha barriga aí eu peguei a faca e dei a facada nela", disse a menor.


Segundo a jovem, ela estava com a faca para se proteger de outra garota que já teria feito ameaças e que andaria em bando com outras garotas. "Hoje em dia ninguém briga mais só de mão. Se ela não soltasse piada, nada disso teria acontecido. Eu sei que eu estou errada", disse, afirmando que só é torcedora do América e não tem relação com nenhuma torcida organizada.


A garota teria abandonado os estudos após repetir o terceiro ano três vezes consecutivas. Ela morava com a avó, que faleceu há alguns meses e, após isso, ficou sob a guarda do pai. O responsável pela garota afirmou que a filha vem sofrendo ameaças.

"Ela sabe que errou, mas não é assim (com ameaças) que se resolvem as coisas. Tem que esperar que a Justiça decida", disse o pai da adolescente.

Depoimentos

Na manhã de hoje, duas amigas da adolescente que matou Raissa Andrade depuseram na Delegacia de Atendimento ao Adolescente infrator (DEA). Ambas afirmaram que a infratora não conhecia Raíssa Andrade e que ela tinha personalidade tranquila.

Após os depoimentos, no entanto, a delegada Adriana Shirley, titular da DEA, disse que haveria a necessidade de intimar a suspeita do crime mais uma vez devido ao conteúdo dos depoimentos das amigas.


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