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sábado, 15 de junho de 2013

ECONOMIA

Empresas de Eike acumulam débitos de R$ 18,8 bi, valor que supera o patrimônio

O império de negócios criado ao longo de mais de uma década pelo empresário Eike Batista, de 56 anos, que abrange desde o ramo de petróleo e mineração até o mercado de entretenimento, está ameaçado por uma crise de credibilidade que vem contaminando os resultados das companhias do grupo com ações negociadas na Bolsa (OGX, OSX, LLX, MPX, MMX e CCX). 

Além de perderem R$ 86 bilhões em valor de mercado desde outubro de 2010, quando viveram seu apogeu na Bolsa, o patrimônio líquido dessas seis empresas X — letra com a qual Eike batiza seus negócios — é insuficiente para cobrir o que as mesmas empresas devem “na praça”. Ou seja, numa situação extrema de falta de crédito no mercado, mesmo se o empresário vendesse por completo suas seis companhias pelo valor do patrimônio, que hoje soma R$ 18 bilhões, o dinheiro recebido seria insuficiente para cobrir as dívidas de R$ 18,8 bilhões com investidores, bancos privados e públicos. Somente o BNDES concedeu R$ 10 bilhões ao empresário, sendo que, neste caso, uma parte já foi paga.

— Em empresas pré-operacionais, como as do Eike, endividamento alto é comum. Não quer dizer, no entanto, que esteja tudo bem. Ter dívidas altas não é um problema para empresas que têm uma geração de caixa e lucro constantes. Como não é o caso (das empresas do grupo de Eike), acho que elas não poderiam se dar a esse luxo — explica Hersz Ferman, economista da Elite Corretora.


Entre 2006 — quando a MMX lançou ações, a primeira empresa do grupo a abrir capital — e o fim do primeiro trimestre deste ano — e o primeiro trimestre deste ano, as seis companhias acumulam prejuízo de R$ 6 bilhões.

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