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sexta-feira, 23 de novembro de 2012

ESTADO

 Ney: “Rosalba é candidata à reeleição e PMDB não indicaria candidato contra ela”

O ex-deputado federal Ney Lopes de Souza (DEM) minimizou o desgaste da gestão Rosalba Ciarlini (DEM) e confirmou que a governadora é “candidata declarada” à reeleição em 2014. Ele minimizou as declarações de aliados peemedebistas como o ministro da Previdência, Garibaldi Filho, que na semana passada anunciou que o PMDB irá discutir se permanece ou não aliado do DEM em 2014, e ainda a possibilidade de o PMDB lançar candidato próprio.

“Rosalba é candidata declarada à reeleição e o PMDB não faria isso (lançar candidatura contra ela). O que o PMDB está desejando é um diálogo para decidir os rumos de 2014. E não se confunde isso com rompimento”, afirmou Ney, considerando que a candidatura do ministro Garibaldi a governador, aventada durante encontro do PMDB na semana passada, não passaria de uma sinalização de necessidade de diálogo com vistas a 2014.

“Isso é o óbvio ululante. A candidatura (de Rosalba) está lançada há muito tempo”, atirou Ney, salientando que o desgaste do governo é “momentâneo” e “eventual”, advindo da crise financeira. “Com uma melhoria das finanças, com aporte de recursos federais, isso vai melhorar. O que desgasta o governo são a corrupção e malversação e isso não tem no governo Rosalba, que enfrenta dificuldade por conta da herança que recebeu e por causa do agravamento da crise econômica no mundo todo, inclusive no Brasil”.

Segundo ele, “não há governo que perca R$ 200 milhões de Fundo de Participação dos Estados (FPE) para não enfrentar crise. E Rosalba perdeu R$ 280 milhões”. O parlamentar lamentou que a expectativa de obras não tenha sido cumprida por falta de recursos. E quanto a Rosalba ser candidata com tamanho desgaste, ele afirmou que caberá a ela decidir. “Ela é que vai avaliar, não vejo razão para ela não ser”.

“O que acho é que chegou a hora de um entendimento de alto nível das lideranças que apoiam Rosalba. É um governo que não tem se caracterizado por escândalos; que tem se caracterizado por carências. Porque recebeu uma herança muito onerosa”, completou Ney Lopes de Souza.  “O que se espera para 2013 é que todos sentem à mesa para encontrar uma estratégia de governabilidade que esteja ao alcance do Tesouro do RN. Não adianta explodir expectativas. Adianta planejar e ver o que é possível realizar e fazer dentro das limitações de um governo que sofre queda do FPE e que é onerado com uma folha de pagamento altíssima, herdada do governo anterior, com dificuldades evidentes que não foram construídas por Rosalba, mas que ela herdou”, declarou o democrata.

INSATISFAÇÃO
A insatisfação com o governo do DEM, revelada pelo PMDB, na visão de Ney, sinaliza mais a necessidade de uma discussão entre os aliados, do que para uma possibilidade real de rompimento. “PMDB e partidos aliados querem discutir as eleições de 2014 e, para tanto, requereram sentar com o governo. Acho que tanto o PMDB quanto os demais partidos que apoiam o governo estão querendo apenas definir espaços”, afirmou o democrata.

Ney Lopes considera natural a exposição feita por lideranças peemedebistas. “A campanha de 2014 já começou e é natural haver discussão”, disse Ney. Segundo o ex-deputado, é praxe da vida política brasileira terminar uma eleição e já iniciar a outra. “Infelizmente o Brasil tem essa desgraça. Todo período administrativo é de expectativa de uma nova eleição. PMDB e DEM, e outros partidos que apoiam o governo, estão querendo definir 2014, assim como a oposição. E isso se define com metas, compromissos, espaços”, completou o ex-deputado.

Rompimento
O ex-deputado Ney Lopes de Souza declarou ainda que o rompimento do PMDB com o DEM não está na pauta de discussão do governo. Ele defende, contudo, que estaria na hora da tomada de posição por parte dos partidos aliados. “Em primeiro lugar, não sei qual o tamanho do PMDB no governo Rosalba. Porque tem compromissos e ações que a gente não conhece. Acho que (o espaço ocupado) é expressivo. Em segundo lugar, o PMDB é muito importante. É um partido que cresce. Tem ministro, presidente da Câmara, e tem importância fundamental para compor o arco político. É natural que se discuta”, observou.

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